Um Deus injusto, parcial e cruel condiz com a perspectiva do "super-homem" nietzschiano e seu amor fatti, super-homem que ama o mundo estoicamente como ele é, homem que deve ser subordinado a esse Deus parcial. O super-homem nietzschiano ressuscita o Deus do antigo testamento. Esse é a concepção de Deus que deve vigorar na pós pós-modernidade. Falo concepção, pois a coisa-em-si kantiana é incognoscível, os dois Deuses, do antigo e do novo testamento sempre foram um só. A separação foi fruto da concepção humana subordinada ao tempo histórico. Ocorre que a ultima concepção foi equivocada o que gerou ressentimentos, ódio e descrença nesse Ideal de Deus bom e justo, visto que Ele parecia ter se ausentado do mundo, abandonado seus filhos, deixando apenas promessas de dias melhores no paraíso. Um Deus irado e parcial não decepcionaria tanto, os crentes seriam conformes à sua situação e sofrimento se fosse o caso, e de forma estoica cumpririam seu papel no teatro do mundo.
